HISTÓRIA
SEASON 1 (TERRA 1) - Ecos de Um Mundo em Ruínas
Das profundezas insondáveis do espaço, vieram os invasores — entidades envoltas em trevas, terroristas de poder inimaginável, criaturas selvagens corrompidas pela insanidade. As ruas tornaram-se selvas de medo, e a humanidade, frágil diante da vastidão do desconhecido, caminhou lado a lado com a Morte. A jornada foi brutal. A cada curva, um novo abismo. A cada passo, uma nova ameaça. A extinção global não foi apenas uma possibilidade; foi uma sombra constante, respirando no cangote do mundo. Ainda assim, forças do bem e do mal, anjos e monstros, heróis e vilões — todos se moveram. Não por um ideal comum, mas porque a destruição não escolhia lados.
O conflito, no entanto, recusou-se a morrer.
Gotham — velha e apodrecida em sua corrupção, cidade onde esperança é um conceito estrangeiro — viu despertar o horror absoluto. O último de seus vigilantes, abandonado à própria mente, foi tragado por uma espiral de delírio e loucura. A linha entre justiça e psicose foi obliterada. Nesse vácuo moral, uma criatura emergiu — a encarnação da carnificina, a própria definição de chacina em forma viva. O que poderia ter sido o nascimento de uma nova era — a fusão de uma mente quebrada e um monstro perfeito — terminou em morte. Não há mitologia sem sacrifício, mas ali não nasceu lenda, apenas silêncio. Gotham não foi a primeira cidade a cair. Mas sua queda foi a mais simbólica. Não restou um farol, um medo, um nome para os criminosos sussurrarem nas sombras. O caos não encontrou resistência. Cresceu. Inflou. Venceu.
E o mesmo se espalhou como praga.
Em outras regiões, o céu sangrou fogo. Cidades inteiras foram queimadas até os alicerces. Quando Trigon ergueu seus olhos demoníacos sobre o mundo, trouxe consigo uma força ancestral e profana: magia negra tão densa e primitiva que reduziu os maiores campeões da Terra a meros peões impotentes. Ninguém pôde enfrentá-lo. A Anciã, uma bruxa com séculos de sabedoria e poder, ousou resistir — mas seu corpo caiu antes que seu feitiço tomasse forma. Jean Grey, a mulher de vontade inquebrantável, foi possuída… mas a Fênix, em um rugido ardente de pura fúria cósmica, desafiou Trigon numa batalha de vontades. A ave triunfou. Mas a mulher… partiu fraca demais para resistir à própria salvação. Washington estremeceu. Enquanto a Casa Branca era atacada por Black Adam, o céu escureceu com o domo das trevas. Defensores lutavam em vão. E quando o próprio presidente caiu, o símbolo de liderança mundial se esfacelou. Homelander — encarnando o poder brutal da arrogância — forçou Black Adam a recuar, não por justiça, mas por ego ferido. Dentro do domo, centenas de mentes inocentes tornaram-se fantoches de uma possessão coletiva, seus corpos como marionetes de um horror invisível. Até que um homem — cujo nome se perdeu entre as lendas e as lágrimas — arrastou a criatura para além do véu da realidade. Um sacrifício? Um pacto? Um erro?
Nada foi como antes. E o tempo não permitiu luto.
Vieram novas aberrações — horrores moldados por cientistas insanos, devotos ao progresso sem ética. Vieram também demônios, gangues de ciborgues que redefiniram a crueldade, e a ameaça iminente de uma guerra nuclear que rugia nos bastidores do caos. O planeta resistia, mas sua alma… se despedaçava. Cidades viraram memoriais de sangue. As cicatrizes nunca fecharam, pois o tempo entre uma calamidade e outra era curto demais para respirar, quanto mais curar. O mal se alastrava como veneno na corrente da humanidade. Da América à Ásia, do gelo ao deserto, o mundo tornou-se um campo de batalha eterno. A Terra, este orbe azul e solitário, persistia… mas sua sociedade colapsava, corroída por traumas irreversíveis. Os heróis que não tombaram foram lentamente tragados pela escuridão. Os que resistiram, tornaram-se lendas vivas — ou apenas sobreviventes, mutilados por dentro.
Ainda há aqueles que lutam. Mas quem pode dizer o que restou deles? Seus corpos se arrastam, mas suas mentes... ainda pertencem a eles? Dizem que, mesmo em meio ao caos absoluto, a ordem sempre ressurge. Que para cada abismo, nasce uma luz. Que o bem, mesmo vacilante, um dia ergue a cabeça e desafia o infortúnio.
Mas quem ousa garantir?
O que sabemos… é que o equilíbrio do universo agora pende num fio tênue e quase invisível.
E quanto àqueles que ainda lutam por ele?
Bem …não sabemos se ainda estão vivos. Ou sequer se ainda são humanos.